27 de dezembro de 2012

IBM Flex System Manager Explorer - parte 1: Novidades e como acessá-lo

A IBM, em 2012, lançou uma plataforma de hardware que veio para revolucionar a maneira como os departamentos de TI trabalham com seus servidores. A grande idéia dessa plataforma, sua força motivadora, é a redução no tempo de implementação dos serviços de uma empresa e a automação do gerenciamento destes sistemas (leia-se hardware e sistemas operacionais). Essa plataforma chama-se IBM PureSystems.

Nesta plataforma existe um appliance de gerenciamento chamado IBM Flex System Manager (FSM). Esse appliance é o grande responsável pela "mágica" do IBM PureSystems. Ele é capaz de gerenciar o hardware, automatizando diversas tarefas mundanas (como configuração de UEFI/BIOS, configuração de VLAN em switches, zoning SAN, e etc), fazendo o provisionamento de sistemas operacionais e monitorando hardware e sistemas operacionais de forma que ações automatizadas podem ser criadas baseadas em eventos.

Inicialmente o FSM era baseado em uma interface gráfica que a IBM vinha utilizando em diversos produtos de sua linha de hardware (ex: IBM Systems Director, Bladecenter OpenFabric Manager e etc). Porém, a IBM trabalha com outro tipo de interface gráfica, mais amigável ainda, que também podemos encontrar em diversos produtos, tais como: XIV, Storwize V7000, SONAS. Sendo assim, a IBM resolveu utilizar esta nova interface gráfica com o FSM, integrando-o mais ainda em sua linha de produtos, e facilitando a vida dos administradores que já estão acostumados com esta interface gráfica: é o IBM FSM Explorer.



Para acessar o IBM FSM Explorer, existem dois caminhos:

1. Acesse o FSM normalmente, através do endereço https://1.2.3.4/ (onde 1.2.3.4 é o endereço IP do seu FSM). Ao aparecer  a tela com a lista de chassis PureFlex, basta clicar com o botão direito no chassi que deseja gerenciar e escolher "IBM FSM Explorer". Uma nova janela será aberta.

Veja que o protocolo tem que ser HTTPS, e não é preciso digitar a porta ou o resto do endereço.

2. O outro caminho é acessar diretamente a URL https://1.2.3.4:8422/ui/. Essa URL irá abrir a tela inicial do IBM FSM Explorer e, caso seja preciso acessar o FSM tradicional, uma janela à parte será aberta, automaticamente, pelo próprio FSM Explorer.

Veja que o protocolo tem que ser HTTPS, e não precisa digitar "login.html"

Uma vez dentro do FSM Explorer, você terá diversas tarefas que poderá fazer, todas alinhadas em uma coluna da direita e no menu superior.

 

Tenho certeza que esta nova interface irá trazer mais agilidade e facilidade para os administradores de TI, principalmente para aqueles que estão migrando cada vez mais para um mundo virtualizado. Nos próximos posts, vou descrever como automatizar algumas tarefas e como fazer o provisionamento de um ESX, em um servidor novo (baremetal) através da interface gráfica do FSM Explorer.

26 de dezembro de 2012

Problemas com certificados de segurança no Google Chrome

Diversos websites utilizando certificados de segurança para poder criptografar suas páginas web. São as páginas que vemos com o protocolo HTTPS, que nada mais é do que o próprio HTTP transmitido criptografado e não em texto simples. O motivo de usar esse protocolo é aumentar a segurança de um website.

Bom, muito legal do ponto de vista de segurança, porém exatamente pelo motivo "segurança", o uso do HTTPS pode trazer problemas quando inserido em frames (ou iframes).

Quando acontece de carregar uma página e em alguma parte dela aparecer a mensagem "Error 501 (net::ERR_INSECURE_RESPONSE): Unknown error" significa que aquela parte da página tentou ser carregada criptografada mas o seu browser não pode te perguntar o que fazer. O motivo dele não poder perguntar é porque geralmente a página foi colocada dentro de um frame (ou iframe).

Solução para o problema: inspecione o elemento (ou seja, veja o código fonte) e ache a página que essa frame (ou iframe) carrega, copie o link, abra uma nova aba e cole o link. Após visitar este link, e o browser alertar que você deve tomar uma decisão quanto ao certificado, poderá voltar na página anterior e tentar carregar novamente aquela parte que não carregou devido ao erro 501.

Dica: para buscar a página que é carregada pelo frame (ou iframe), procure por "frame" dentro do código fonte e busque o parametro "src". E, para chegar no código fonte, a dica é clicar com o botão direito na área que mostra o erro, e escolher "Inspect Element".

2 de agosto de 2012

Atualizando informações sobre as storage pools do VIOS no IBM Systems Director VMControl

Em um mundo simples de POWER, usamos o Virtual I/O Server (VIOS) para virtualizar diversos componentes.

Um dos componentes fundamentais é termos discos virtualizados, sejam eles entregues via NPIV, Virtual SCSI (vscsi), ou mapeando diretamente os discos entre o VIOS e uma LPAR cliente.

Quando mudamos esta infraestrutura, diretamente no VIOS, é necessário fazer uma atualização destas informações em alguns componentes do nosso ambiente de virtualização para garantir que o IBM Systems Director (ISD) irá reconhecer essa mudança.

1. Primeiro, acessamos o HMC e atualizamos as informações lá.

Navegando na HMC
2. Escolha o CEC (o servidor físico) e escolha Configuration -> Virtual Resources -> Virtual Storage Management




3. Depois escolha qual é o VIOS que você quer ter as informações atualizadas no HMC e clique em Query. Agora basta verificar que as informações que foram buscadas no VIOS estão corretas.

Verificando que o storage pool foi atualizado
Escolhendo qual VIOS deve ter suas informações atualizadas


4. Acessamos então o ISD, e vamos pedir para coletar inventário do CEC. Para isso, vá em Resource Explorer e escolha a mesma máquina (CEC) que escolheu no HMC, clique com o botão direito em cima dela -> Inventory -> Collect Inventory e execute a tarefa imediatamente(ou pode agendá-la).

Navegando no ISD, coletando inventário

Propriedades de um sistema gerenciado pelo ISD
5. Quando finalizar, volte em Resource Explorer e escolha Properties do Operating System que é o VIOS. Veja debaixo de Virtual Configuration e Hardware Device para verificar se os Storage Volumes e Storage Pools foram atualizados.

Após essa configuração, já vai ser possível criar novas LPARs utilizando esta nova configuração de discos do VIOS.

30 de julho de 2012

IBM PowerVM: comando do VIOS, cfgdev, mostra erro "0514-061 Cannot find a child device"

Quando estamos configurando um Virtual IO Server (VIOS) sempre rodamos o comando 'cfgdev', afinal de contas é o comando que irá configurar nossos dispositivos e reconhecer novos dispositivos. 

Um erro que já vi acontecer algumas vezes é o seguinte: 0514-061 Cannot find a child device

Esse erro não denota um erro no comando 'cfgdev' em si, mas sim uma saída de erro de algum comando invocado pelo 'cfgdev'.

Abaixo podemos ver que a mensagem de erro está atrelada ao comando 'cfgefscsi -l fscsi1

Method error (/usr/lib/methods/cfgefscsi -l fscsi1 ):
        0514-061 Cannot find a child device.

A mensagem '0514-061 Cannot find a child device', neste caso, significa que provavelmente o cabo de fibra da placa 'fscsi1' não está conectado e o sistema não foi capaz de detectar as LUNs ou a SAN na qual esta placa está conectada. 

Isso pode ser tanto um problema de cabo desconectado como também de zoneamento SAN não configurado propriamente.

Para resolver o problema, verifique que o cabeamento está feito corretamente e/ou que a configuração de zoneamento da SAN na qual este cabo está conectado está feito corretamente.

Esta mensagem de erro, entretanto, não significa que o seu VIOS está configurado errado. Porém, se há uma placa 'fscsi1', e o comando está dando erro, provavelmente a redundância no acesso à sua SAN está comprometido (já que o cabo ou o zoneamento podem estar com problema).

26 de janeiro de 2012

Nova interface gráfica do Ubuntu 12.04 LTS: Head-Up Display

Eu mexo com computadores desde 1988. Me lembro bem das telas de fósforo (as verdes e pretas) e me lembro bem os primeiro jogos coloridos que eram em CGA (hehehe, tenho certeza que muitos nem vão saber o que significa CGA!).

Ou seja, eu sempre estive mexendo com interfaces gráficas há muito tempo (se bem que quando criança eu comprava umas revistinhas de ficção científica que ao final tinha sempre um joguinho para a gente digitar na linha de comando e rodar - tudo óbvio programado em BASIC). E sempre eu reclamo de que toda hora temos que mexer no mouse, ou repetir tarefas para executar as coisas mais básicas. E eu sempre achei que voz era a solução: que falar com o computador ia resolver tudo.

Bom, por enquanto não apareceu uma interface de voz que tenha me agradado. Eu até usei durante um tempo o IBM ViaVoice (que foi vendido para outra empresa - Nuance - e o produto se chama Dragon Dictate) mas o programa nunca entendia bem o que eu falava, apesar de que já era um adianto quando precisar digitalizar grandes documentos (veja que isso é antes de termos um OCR adequado!). Infelizmente não funcionava tão bem para gerenciar o desktop.

Fora estes problemas, sempre tivemos o problema de padronização. Ninguém padroniza nada quando se fala de programação e organização de interfaces gráficas. Aliás, a padronização que existe é não padronizar nada :)

Mas por quê eu estou falando essas coisas todas? Eis que temos o Ubuntu, um sistema operacional baseado em Linux (Debian pra ser mais preciso), que vem tomando uma boa fatia do mercado (sim, a Microsoft tem ficado um pouco pra trás mas nada que eles precisem se descabelar por isso ainda). Em sua última versão oficial (11.04 LTS - na data deste 'post') o Ubuntu mudou bastante sua interface gráfica. E agora anuncia que para sua futura versão (12.04 LTS) vai mudar novamente e, aparentemente, a nova mudança será um pouco mais radical (principalmente para os nossos amigos que usam Windows).


O uso de uma interface Unity, ao invés do clássico GNOME ou KDE, no Ubuntu já trouxe um certo rebuliço ao mundo dos desktops, mas é uma interface que é fácil de aprender mesmo para aqueles que nunca usaram um sistema Linux. Além disso, é uma interface mais "cool", "elegante", "bonita", "inovadora". Enfim, é, na minha opnião, finalmente uma maneira diferente de usar o desktop (não que seja algo que ninguém nunca fez, leia-se Apple e seu Mac OS). E que bom que alguma empresa, que tem conquistado o mercado e tenha uma fatia crescente de participação, está fazendo algo para mudar o nosso paradigma atual de interfaces gráficas.

Obviamente a Microsoft não está atrás nesta corrida. O Windows 8 deverá vir com uma grande reforma em sua interface gráfica (muitos alegam que seja porque a Microsoft está querendo entrar cada vez mais no mundo dos tablets e está tentando integrar desktop e tablet - mas esse é um papo para outro 'post').

Seja Linux ou Windows ou Mac OS, eu estou louco para ver uma nova interface gráfica. A do Ubuntu será chamada de Head-Up Display (HUD).

Não sou muito adepto de colocar um sistema beta rodando em meu laptop de trabalho, mas estou quase detonando tudo aqui e instalando um Ubuntu 12.04 Beta só para poder brincar com esta interface nova!

Se o desenvolvimento desta interface for para frente, teremos melhorias tais como:
  1. Melhor reconhecimento da voz para interagir com o desktop (vide que atualmente temos processador suficientemente potente para lidar com melhores algoritmos de reconhecimento de voz);
  2. Facilidade no uso dos aplicativos, uma vez que o famoso "menu" sumirá e as funções poderá ser facilmente oferecidas através de buscas (à la google quando lhe oferece algumas sugestões quando você começa a digitar a pesquisa);
  3. Simplificação do uso do desktop, uma vez que o Ubuntu já oferece, em sua interface atual, um sistema que se "lembra" das tarefas mais utilizadas, documentos mais acessados, sites mais visitados, e etc, e lhe oferece como sugestão estes itens que são mais utilizados no dia-a-dia;
  4. Solução do problema de padronização: não precisaremos mais saber se as "Preferências" de um programa ficam dentro do menu "Opções" ou do menu "Editar" ou até dentro de "Arquivo".

Estas são somente algumas das melhorias que veremos. Obviamente que, além disso, também será mais fácil para pessoas deficientes auditivas, visuais ou físicas utilizarem o computador, pois a idéia é que a interação do usuário com o desktop requeira cada vez menos o uso de um teclado ou a extensiva digitação de comandos (adicione uma tela multi-touch à um sistema destes e "adeus" teclado e mouse).

Conclusão: que venha o Ubuntu 12.04 e espero que a Cannonical continue investindo neste tipo de melhoramento do desktop. Afinal de contas, precisamos de mais concorrentes neste mundo desktop e, da minha parte, sou louco para ver o Linux realmente competindo com o Windows e o Mac OS. Acredito que a interface gráfica é a parte que ainda precisa ser desenvolvida para que o Linux seja aceito como um Mac OS ou Windows (afinal o Mac OS nada mais é do que um sistema baseado em *NIX com uma bela interface gráfica)